É certo que o avanço tecnológico alterou significativamente a sistemática do mercado corporativo, especialmente no que se refere a atuação dos departamentos jurídicos. Uma das mudanças primárias foi o advento do processo eletrônico, que oportunizou o acesso fácil, prático e eficaz aos autos do processo na comodidade do escritório ou departamento jurídico, trabalho que até então era moroso pois dependia de disponibilidade de acesso e da ida ao cartório, sendo que muitas diligências restavam infrutíferas.
O advogado que se manterá no mercado será aquele que melhor se adaptar as mudanças do cenário, atualizando-se constantemente e fazendo uso das ferramentas tecnológicas como aliadas ao trabalho, de forma a aumentar a eficiência e alavancar os resultados. Neste sentido, os departamentos jurídicos fazem uso da jurimetria e indicadores processuais, que permitem controle e criação de estratégias voltadas à áreas específicas.
Na recuperação de crédito, além dos indicadores, outra ferramenta aliada é a Mediação Online, que permite a negociação entre credor e devedor com a participação de um mediador “neutro”, possibilitando flexibilidade de horário, comodidade do diálogo online e segurança às partes no sentido de que a melhor composição será firmada.
O uso da tecnologia na advocacia é uma realidade atual que influencia no comportamento da sociedade, devendo o profissional do direito se qualificar para atender a esse novo perfil sem se limitar ao exercício da advocacia como um trabalho técnico, mas tendo uma visão ampla e multidisciplinar para atender às necessidades desse novo cenário.
Ricardo Luna
Advogado atuante em departamento jurídico, especialista Processo Civil pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.